sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

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ALEGRA-TE
Amado Nervo — autor de Almas que Passam (falecido em 1919) — no Alegra-te, escreveu:
"Alegra-te, se és pequeno; alegra-te, se és grande; alegra-te, se tens saúde; alegra-te, se estás perdido; alegra-te, se és rico; se és pobre, alegra-te; alegra-te, se te amam; se amas, alegra-te; alegra-te sempre, sempre, sempre..."

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é fazer da própria vida uma. Obra de Arte...

Tudo depende de ti...

*       Mesmo que não escrevas livros,
és o escritor de tua vida.
*       Mesmo que não sejas Miguel Angelo,
podes fazer da tua vida uma obra-prima.
*       Mesmo que nunca alinhaste um verso, um soneto,
tua vida pode ser um poema.
*       Mesmo que não tenhas grande cultura,
podes cultivar a sabedoria da Caridade.
*       Mesmo que teu trabalho seja humilde,
podes converter teu dia-a-dia em oração.
*       Mesmo que as rugas já marquem teu rosto,
mais vale tua beleza interior.
*       Mesmo que teus pés sangrem nos tropeços da
caminhada, teu rosto pode sorrir.
*       Mesmo que lágrimas amargas rolem do teu rosto,
tens um coração para amar.
*       Mesmo que não sejas SANTO, nem ANJO,
no céu há um lugar reservado para ti.
TUDO... TUDO... depende de ti.

Pe. Roque Schneider S.J.
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A Autocrítica Destrutiva

Se tivessem a mesma tendência de autocrítica dos adultos, os bebés nunca poderiam aprender a andar ou a falar. Você pode imaginar bebés batendo o pé no carrinho e  dizendo: "Raios! Errei outra vez!"?
Felizmente, os bebés estão livres da autocrítica. Eles tratam o fracasso como tratam o sucesso; eles simplesmente continuam  a praticar.
A autocrítica é um hábito adquirido, hábito que em geral começa na infân­cia, já que as crianças cometem erros naturalmente e costumam ser o alvo de críti­cas destrutivas.

Há apenas três causas de erro no mundo:
1.  padrões de hábitos negativos (ou inconscientes);
2.  falta de informação ou de experiência;
3.  o fato de ninguém ser perfeito o tempo todo.

Há dois tipos de crítica:
1. a crítica construtiva: "A bola foi um pouco alta demais; tente lançá-la mais
baixo da próxima vez.''
2.       a crítica destrutiva: "Você não fez nada certo; que burrice!"
Se você foi alvo de críticas destrutivas quando criança, é muito provável que a sua jovem psique tenha usado a defesa que lhe estava mais à mão: você in­corporou essa crítica, isto é, começou a criticar a si mesmo severamente a fim de que os outros evitassem fazê-lo. Essa defesa da infância em geral "funciona": ela de fato afasta as críticas dos pais, dos irmãos, das irmãs ou dos companheiros. Mas esse hábito arcaico de criticar a si mesmo para evitar que os outros o façam já não tem utilidade, Se você critica a si mesmo, ainda está carregando o peso do pai, do irmão, da irmã ou do companheiro que foi ruim para você.
Você pode não ter plena consciência de ser uma vítima da sua autocrítica, visto que nem sempre você grita consigo mesmo; mas você pode estar se "recri­minando" de maneiras mais sutis, como se tornando impaciente, frustrado ou de­pressivo.
Usamos a autocrítica do mesmo modo como os outros usaram a crítica con­tra nós: como punição pelos erros. As pessoas que se criticam acreditam que, se se punirem dessa maneira, vão se aperfeiçoar. Mas o oposto é o verdadeiro. Se você se critica (se pune) quando comete um erro, o placar psicológico fica empa­tado: "um erro, uma punição". Você fica livre para cometer o erro outra vez. Quando não critica a si mesmo, você assume a responsabilidade e tem menos pro­babilidades de repetir o erro.
Em vez de combater a si mesmo, veja se pode se tornar o seu melhor amigo.
Seja gentil consigo mesmo. Se você não for seu amigo incondicional, quem vai ser?
Se você estiver combatendo um oponente e também se opuser a si mes­mo, vai ser vencido pelo número.
Mantenha uma atitude de valor pessoal incondicional, livre da autocrítica. Você concorda que é cruel e desnecessário dizer a outra pessoa: "Você é um per­feito idiota! Que estúpido! É melhor desistir! Você comete sempre os mesmos er­ros! Você nunca vai ser bom!"? Se você nunca diria essas coisas aos outros, por que não ter consigo a mesma cortesia?

(Do livro de Dan Milhiiim, O Alicia Interior, publicado peia Editora Pensamento, São Paulo, 1996.]
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ESPERANÇA

   O que seria de nós se não tivés­semos esperança? Esperança é. .esse sentimento íntimo que nos faz esperar por algo melhor. É o laço que, liga o homem a Deus.
Amor é caridade: fazer sorrir tam­bém é benefício; dar esperança tam­bém é caridade.
Sabedoria é o coração iluminado pe­la inteligência; é desenvolver o senti­mento; de nada adianta o saber sem o sentimento. O sentir traz a compreen­são, e só quem compreende é que possui a sabedoria.
. Cultura é o acervo de conhecimen­tos que possuímos. Adquirimos a cul­tura através da observação e do es­tudo. Para a aquisição da cultura, o instrumento insubstituível ainda é o bom livro.
Inteligência é a capacidade que te­mos para discernir, de comparar uma e outra coisa, e deduzir resultados. Inteligência é raciocínio, é saber pen­sar, usar a vontade, agir em direções várias, segundo planos preconcebidos.
Liberdade é a irrestrita submissão às leis; sem respeito às leis não há liberdade. O homem livre é o que se submete às leis: tanto às humanas co­mo às divinas.
A Igualdade nos ensina que todos somos iguais perante Deus, ainda que ocupemos diferentes degraus na escala evolutiva. Diante Dele não há privi­legiados; para Ele tanto vale o filho pequenino que se guia pelo instinto nas sombras densas da matéria, como o filho que já brilha nos cumes es­plêndidos da Espiritualidade.
Fraternidade é percebermos que to­dos somos irmãos, filhos do mesmo Pai, de um único Pai que é Deus. Cultivemos o amor fraterno, amando-nos uns aos outros, suavizando as barreiras que separam os homens, tra­balhando por fazê-las desaparecer, fe­licitando assim a humanidade.
Eis, pois, segundo a concepção eso­térica, Deus, o Pai Altíssimo, cujos atributos devemos desenvolver dentro de nós, para que atinjamos o ideal preconizado por Jesus: "Sede perfeitos como vosso Pai Celestial é perfeito".
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         Eu + você  = nos

No princípio só havia o Ser na forma de uma pessoa. Olhando em torno, nada mais viu senão a sua pessoa, E disse: isto sou eu. Seu nome ficou sendo Eu. Por isso, ainda agora, quando interrogado, o homem responde: "Isto sou Eu", e só depois pronuncia o outro nome que lhe de­ram ao nascer. Ao constatar sua exis­tência na forma de uma pessoa, o Ser queimou todos  os males, e, em verdade, todo aquele que adquire essa consciência queima todo aquele que tenta ser antes dele. Sentiu temor. Por isso teme todo aquele que está só. Mas pensou: Se nada existe senão Eu, por que temer? Então, seu medo passou. Por que deveria temer? Em verdade, o medo só nasce de uma segunda presença. Mas não sentia pra­zer. Por isso não sente prazer aquele que está só. Desejou que houvesse um segundo. Como era do tamanho do homem e da mulher juntos, fez com que seu Ser se partisse em dois, e o homem e a mulher se ergueram, um diante do outro. Por isso disse Yajnavalkya: "Nós dois somos cada qual como a metade de uma concha". O vazio que ali estava encheu-se com a presença da Mulher, e quando ele a abraçou nasceram os demais homens.
[Dos   Upariishadas.]
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A lua de mel
Todos nós sabemos o que é a "lua de mel", que os dicionários definem assim: "Temporada subsequente ao casamento, durante a qual os recém-casados se com­prazem exclusivamente em sua satisfação recíproca". Porém aqui nos interessa sa­ber, não em que consiste a lua de mel, mas qual a origem desse nome e costume.
É claro que a temporada após o enlace matrimonial é uma época romântica na vida do novo casal; um período em que, ao menos antigamente, os dois, durante a noite permaneciam incontáveis horas ex­tasiados, fitando a plácida e tranquila lua, em seu caminhar majestoso e lento atra­vés dos céus, cortejada por fulgurantes es­trelas. Nesta contemplação eles revivem todas aquelas passadas noites de namoro, realizado à claridade poética do luar. Mas não é dessa poesia experimentada ao cla­rão do satélite da terra que nasceu a ex­pressão "LUA DE MEL".
ORIGEM - A Europa é o berço da lua de mel. Desde tempos imemoriais, os nu­bentes, a partir da hora do casamento, como símbolo inconteste, como prognós­tico certo e como prenúncio infalível duma felicidade matrimonial completa, durante uma lua ou seja pelo espaço de um mês, tempo da duração das bodas, bebiam somente hidromel, uma infusão de água e mel fermentados, uma espécie de vinho sagrado, que nos recuados tempos do pa­ganismo, era considerada a bebida celes­tial dos deuses. Temos conhecimento de que, em 1860, nos Estados Unidos, uma lua de mel arrastou-se por todo o verão.
PROPRIEDADES - O hidromel, tam­bém chamado água-mel, é o resultado da fermentação de água e mel, produzindo uma bebida inebriante, que por sua cor, gosto e propriedades se parece com os melhores vinhos brancos, a ponto de po­der enganar os mais abalizados conhece­dores de vinho. A fermentação, por causa do ácido fórmico, que o mel contém, de­mora além de dois meses e somente de­pois de meio ano o "metheglin" está em condições de ser degustado. A grande En­ciclopédia Luso Brasileira da a fórmula para preparar o hidromel: infundir 50 (cin­quenta) gramas de mel em 500 (quinhen­tas) gramas de água. O produto asseme­lha-se ao vinho licoroso; é excessivamen­te digestivo e laxativo, provocando a em­briaguez, pois a fermentação transforma a doçura do mel em álcool.
O cientista Beaumier escreve: "O hi­dromel embriaga mais rapidamente que o vinho, mas é bebida estomacal e cordial, visto ser próprio para reanimar as funções vitais, acelerando os movimentos do san­gue".
 HISTÓRIA - O nascimento do hidro­mel se perde na bruma dos tempos. O ve­lho Homero diz que era servido nas liba­ções em honra dos manes (almas dos mortos). Na mitologia escandinava era o licor apresentado aos heróis, quando, após a vitória, se assentavam para comer carnes de javali e beber hidromel, servido por encantadoras virgens nos crâneos dos inimigos. Os germanos preferiam o hidro­mel à própria cerveja. No século 19, o hi­dromel entrou nos conventos e era usado como tonificante. Com o perpassar dos anos foram aparecendo numerosas fór­mulas para produzir bebidas licorosas, que por serem mais rápidas, fáceis e bara­tas de obter, marginalizaram o hidromel e praticamente o fizeram desaparecer. Mas apesar do quase desaparecimento do divi­no hidromel, não desapareceu a encanta­dora e doce "lua de mel".

pe. António D. Lorenzatto
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  MÃE
Mãe, três letras, uma sílaba, palavra pequena, mas que diz muito. Nada no mundo é tão sublime que ser mãe. Missão nobre que enfrenta muitas dificuldades. Missão que só desempenha quem está preparado. Missão muitas vezes não com­preendida. Missão feita de amor.
Sim, mãe, o amor predomina em tua missão. Sem amor não és mãe. Primeiro amor pelo teu companheiro e colaborador nesta sublime missão e depois amor pelo teu fruto. Desde o primeiro momento até sempre.
E não poucas vezes, quem mais deveria te agradecer, teu filho, em vez de te agra­decer por tê-lo trazido ao mundo, te mal agradece pelo mesmo motivo. Da mesma forma continuas amando este fruto que tantos sacrifícios te custou.
Eu quero te agradecer.
Não encontro palavras para te agrade­cer, mãe. Muito obrigado é o que eu sei di­zer neste momento. Mas este muito obri­gado expressa todo o agradecimento que sinto em meu coração.
Sei também que muitas vezes de fiz so­frer. Muitas vezes te magoei o coração. Por estas vezes, mãe, te peço desculpas.
Neste dia das mães, quero que sintas meu abraço e meu beijo e quero que te lembres daquela que foi a mãe exemplar, a mãe de Cristo: Maria. Com ela os pesos ficam mais leves.
Um beijo, teu filho.
Altamir Fontana
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Meditação

Um discípulo foi a um Mestre Zen e disse:

 "Mestre, estou inquieto Diga-me, o que é a meditação?''
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O Mestre Zen respondeu:
"Você vive num mundo hipnotizado pela ilusão do tempo; um mundo no qual o momento presente é inteiramente negligenciado, ou apenas visto como um tênue fio que divide um passado todo-poderoso e causativo de um futuro extraor­dinariamente importante e sedutor. Por um lado, sua consciência está completamente ocupada com memórias passadas e, por outro, com expectativas futuras.
"Será que você não compreende que nunca houve, que não há nem haverá nenhuma Experiência que não seja a Experiência do Presente? Quando se esque­ce disso, você perde o contato com a Realidade e cria um mundo de ilusões.
"Você medita quando presta atenção ao que acontece, aqui e agora, sem apegos. Você medita quando sua mente se apercebe, sem julgamentos, daquilo que é.
"Você medita quando, sem deixar de estar consciente do seu corpo e da sua mente, e do vozerio do mundo que o cerca, você vai ficando cada vez mais sinto­nizado com a Voz do Silêncio, com a Sabedoria da sua Essência Interior.
"Você medita quando, na quietude da Natureza ou na paz de algum velho Templo, você se volta para dentro de si mesmo por alguns instantes para partici­par do Silêncio de Deus.
"Você medita ainda mais valiosamente quando, no meio do burburinho da vida, no centro do alvoroço e dos desafios do dia-a-dia, leva consigo a mesma quietude interior que transforma o seu coração no Templo do Espírito.
"Você medita quando nem vive inteiramente neste mundo nem fora dele; e quando embebe a sua mente nas águas da criação e da inteligência divinas para que, com sua atitude, cada ser, cada coisa possa despertar para a sua qualidade es­sencial.
"Você medita quando, na agonia da indecisão, diz: 'Não se faça a minha vontade, Deus, mas a Tua.’
"Porém, você medita mais ainda quando escuta - com o ouvido do seu cor­po, com o ouvido da sua mente e com o ouvido da sua Alma - a Voz Silenciosa que fala do cosmos eterno e lhe pede que seja Um com a Vida."
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Para Refletir

•   Há muita agitação de mãos e pés para vencer na vida e, entretanto,
os fracassos continuam cada vez maiores e mais frequentes... É que pouca
gente usa também os joelhos.
•   Quando alguém bebe e fica "alto", é sinal que o nível do seu cará-
ter está baixo.
•   A felicidade depende mais do bom uso do pouco que temos, do
que daquilo que nos falta.
•   A maior recompensa de quem procura Deus é o aumento do desejo
de encontrá-lo.
•   É melhor ficar calado e ser julgado ignorante, do que falar demais
e confirmar o que todos pensavam.
•   Se você julga que está sentado no topo do mundo, pense um pou­
co nos infelizes que estão carregando este seu mundo nas costas.
•   A mão em que mais deves confiar para vencer na vida é aquela que
está na ponta do teu braço.

Pe. Héber Salvador de Lima, S.J.
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A um cão que tem dinheiro, diz-se: "Senhor Cão!"
[Provérbio árabe.]

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“Quando as pessoas estão com fome, nao lhes interessa saber se o pão tem muitas ou poucas vitaminas".
(Fulton Sheen)
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Quando Uma Porta se Fecha, Outra se Abre

Quando uma porta se fecha, outra se abre. Tenha paciência, persistência, constância.
Chega um momento, ao longo da jornada espiritual, em que algo que esti­mamos deve acabar. Talvez uma relação significativa tenha terminado. Talvez uma oportunidade que procuramos obter se torne de repente inalcançável. Sejam quais forem as circunstâncias, sentimo-nos privados de um bem a que aspiramos.
Quando isso acontecer, não se desespere, pois o Infinito não se esqueceu de você. Você está sofrendo privação por uma única razão - para que possa receber um bem ainda maior.
A natureza domina o vácuo. Esse princípio do mundo físico tem seu parale­lo no mundo espiritual. Não se pode renunciar a alguma coisa sem ganhar alguma outra coisa em troca. O universo está sempre pronto para preencher o seu vazio, substituindo a tristeza pela alegria, a perda pelo ganho, a morte pelo renascimen­to.
O que então deve fazer quando uma porta se fecha para você? Primeiro, re­nuncie ao seu apego àquilo que era, ou àquilo que gostaria de ser. A Força Su­prema tem preparado para você uma dádiva ainda maior. Depois, afirme para si mesmo: ' 'Quando uma porta se fecha, outra se abre. Espero confiante e com ale­gria o bem que me está reservado.

Seja paciente, pois ele logo, logo há de vir.

[Do livro de Douglas Bloch, Palavras que Curam, publicado pela Editora Cultrix. São Paulo.]
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Receita comprovada para ser feliz.

A felicidade não se compra em farmácias, nem se sorve com xaropadas milagrosas, mas é antes fruto dos nossos pensamentos, da nossa atitude de espírito, da nossa vida de fé.
Mons. Ludwig Wolker
•      TENHA PARA COM TODOS UM ROSTO ALEGRE, como convém a
filhos de Deus. Se contudo alguma preocupação perturba o seu interior, ponha-
se primeiro diante do espelho, passe a mão pela testa e sorria; e só então vá ter
com os homens.
•      DIGA UMA PALAVRA AMÁVEL — Isto é tão barato e contudo opera
maravilhas. Não raras vezes nos sentimos tão amesquinhados que nâo conse­
guimos expressar uma destas palavrinhas amigas. E contudo é um raio de sol
um destes cordiais "Bom Dia!" ou "Boa Noite!" ou qualquer outra saudação de
praxe.
•      ACOST0ME-SE A PENSAR BEM DE TODOS — Afinal, os outros não
estão tão mal intencionados assim... Diabos há poucos entre eles. Alargar um
pouco os nossos pensamentos e procurar compreender os nossos "adversários"
é o melhor remédio para apaziguar os nossos rancores.
•  NÃO CONTE AOS OUTROS AS COISAS MENOS BOAS — É um
costume tão estúpido! E para que? Como seja não houvesse desgosto suficiente no
mundo dos grandes e dos pequenos... O que não contamos aos outros, sim­plesmente
não existe para eles...
•      SUBA A MONTANHA! — de botas ou em pensamentos. Até o cume! Lá
de cima os homens, as casas, as aldeias e as cidades são tão pequenas e as
maldades, então, já nem se enxergam.
•      AME  O  AR  PURO  DA  NATUREZA!  — Com o coração,   que sabe
encantar-se com a natureza, dá-se o mesmo que com um copo de água turva:
não demora e a sujeira se precipita, deixando novamente cristalina a água. E
assim como o pássaro se alteia aos céus trinando, assim também cresce a
alegria no coração em sintonia com as maravilhas de Deus.
•      NÃO TROPECE SOBRE CASCALHOS! — Que cena ridícula a de um
homem a tropeçar sobre cascalhos tão pequenos, praguejar e cair! Retomemos
o ânimo e passemos por cima. E se nos defrontarmos com um deles em nosso día-a-dia,
apliquemo-lhe decididamente um chute, que o varra de vez, do nosso caminho...
•    CANTE E FAÇA CANTAR? SEJA AMIGO DA MÚSICA! — Onde ecoam
cantos e onde os instrumentos emanam alegres melodias, ali acordam todos os
bons espíritos e os maus deitam a fugir. A história do canto mágico e do violino
encantado não são nenhuma fábula...
3 TOME BANHO — conforme a situação, frio ou quente. Ambos são ótimos para o
bom humor. É admirável como o banho não somente torna limpo e luzidio o nosso
irmão-Corpo, mas também reveste imperceptivelmente de luz e jovialidade a
nossa irmã-Alma.
•    E BOA DIGESTÃO! — Estômago intoxicado, fígado sobrecarregado e
prisão-de-ventre nos fazem melancólicos,  neuróticos e pessimistas. Por isso:
"Moderação, com chá ou chimarrão, nos alegram o coração!"...
•    E O SONO! — O homem que dorme o suficiente, geralmente é homem
alegre!  E um homem cansado é, as mais das vezes, homem pouco social e
pouco agradável. E porque os homens de hoje já nâo têm tempo para dormir,
também não têm mais disposição para rir.
•    MANTENHA A ORDEM! — Desordem traz a precipitação; a precipi­
tação traz a excitação e a excitação traz o desgosto. Por isso ordem, tanto nos
grandes deveres, como no simples nó-de-gravata; em nosso programa diário,
como em  nossa  carteira  de dinheiro.  Isto traz-nos essa risonha quietude e
encantadora tranquilidade d'alma.
•    PRESENTEIE! — não importa o quê e a quem. Apenas presenteie! Isto é
como que enganar-nos a nós mesmos. O avarento é sempre um homem sem
alegria. Mas quem aprendeu a presentear, traz sempre a alegria em seu coração.
•    CONFESSE BEM — Isto talvez soe mal nestas alíneas... Mas é um fato.
A gente se sente tão leve e tão alegre ao abandonar o confessionário, onde sob o
sigilo sagrado descarregamos o que nos pesava na alma. Depois duma boa
confissão olhamos com outros olhos o mundo que nos cerca. Mas, depois não
outra vez...! Você já me entende...
•    OBSERVE OS DOMINGOS E FERIADOS — Sim, não perca os domin­
gos e feriados! Isto pertence ao ritmo da vida. Aos duros dias da semana deve
seguir-se uma pausa. Senão o homem se desgasta, enfastia...
•    CULTIVE O AMOR — Muitos dirão que talvez seja esta a única receita
para o constante bom-humor. Pode ser. Mas eu não ouso afirmar o mesmo,
assim tão prontamente. Amor vem sempre acompanhado de alegria e de so­
frimento. Isto exigiria um capítulo à parte. Entretanto, seja dito isto: A ver­
dadeira e íntima alegria do coração não é outra coisa senão verdadeiro, grande
amor.    Por fim mais uma coisa:
•    CREIA EM DEUS — Muitos talvez estranhem esta palavra. Afinal, quem
não creria na existência de Deus? Entretanto, se os homens cultivassem a fé em
Deus, cressem realmente naquilo que é Deus em sua vida, então haveria mais
alegria e mais humor no mundo. Esta é a última e a mais decisiva das receitas:
realmente crer em Deus, crer que sua onipotência e seu amor estão vivos e
operantes também em você. Que Deus conhece a você e suas necessidades e o
ama como a filho e irmão em Cristo. Somente este pensamento já é suficiente
para nos apaziguar intimamente e alegrar o nosso coração!

Almanaque  do pensamento
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Reflexão

"Saber  tratar de coisas externas sem perder a concentração interna; ser mís­tico por dentro e ser ativo por fora; possuir  toda a sabedoria intuitiva, sem se der­ramar pela ciência analítica; poder ser intensamente produtivo sem nada reter para si; poder agir sem se perder na atividade; poder guiar os outros sem os constran­ger - quem isso pode fazer é sábio.
Saber é identificar-se totalmente com o sabido. Ninguém pode saber como uma comida é saborosa sem ater saboreado, sem a ter sentido pelo sabor. Assim, só sabe o que é o Tao quem o vive e vivência com toda a sua alma, com toda a sua mente, com todo o seu coração e com todas as suas forças.
Como para o sábio é difícil ser rico, assim para o rico é difícil ser sábio."
Huberlo Rohden
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Nada mais prejudicial do que o sono demasiado, porque impede a circula­ção, produzindo a obesidade, a hidropisia, letargia, apoplexia e outros desarran­jos. Por outro lado, quanto mais horas reservamos para dormir, tanto mais horas o organismo requer. Nenhum adulto deve dormir mais do que sete horas diárias, porque o excesso de sono enfraquece o organismo e abrevia a vida.
Dr. John Sinclair
ALMANAQUE DO PENSAMENTO      
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Uma imagem de Mãe
A imagem da mãe tem qualquer coisa de sagrado. Jovem - apertando nos braços a criança de seus sonhos - ou avançada em anos, acompanhando com a prece silenciosa os passos dos filhos já distantes, a figura da mãe é quase uma imagem de santa. Porque ela reflete um traço de Deus. De Deus-Criador. De Deus-Amor. De Deus-Providência.
O mês de maio traz-nos à lembrança a significação profunda da mãe. De Mãe por excelência - a Mãe de Deus e dos homens, Maria. E de todas as mães do mundo.
O espírito interesseiro que infeccionou a nossa vida moderna e converteu em oportunidades comerciais todas as festas humanas e cristãs não conseguiu entretanto suplantar o profundo sentido afetivo e espiritual do "Dia das Mães". Porque talvez, na crescente elevação econômica do ho­mem de hoje - quase numa razão direta de sua conquista de riqueza e bem estar, - aumenta igualmente a sua pobreza de amor, a sua carência de ternura, sua indigência das realidades puras e santas que tocam o mais fundo de seu ser.
E a Mãe representa e oferece realmente para o homem contemporâneo o mundo perdido do carinho, da pureza, da sinceridade. Oferece-lhe também o carinho certo do encontro com as realidades sagradas que nos vinculam a Deus e à eternidade.
Esta imagem da mãe, velhinha, a desfiar com suas mãos rugosas e calejadas o rosário de Maria, traduz de alguma forma o mistério sagrado da maternidade.
A mãe que viveu o seu longo ofertório de sacrifício e de entrega, desfiando pelos filhos, uma por uma, as fibras todas de seu ser, jamais renuncia à sua missão quase divina de velar por aqueles que ela criou e educou. E, no ocaso da vida, ao penetrar na solidão quase que astral da ve­lhice, quando já silenciaram os ruídos ale­gres que outrora lhe povoaram o lar, ela se retira a um cantinho para iniciar, no recolhimento da prece, uma nova fase de sua "liturgia" maternal.
Uma dimensão nova - intemporal, misteriosa, que transcende o espaço e as contingências da vida - lhe permite agora acompanhar os filhos distantes. Uma resignação serena converte suas preocupações numa esperança cheia de paz. E em cada conta de seu rosário ela sente a garantia de um passo feliz para os seus filhos que, embora distantes, jamais se ausentaram de seu coração e de seus pensamentos.
Eis uma imagem sagrada que todo filho deveria entronizar e venerar no recôndito de sua alma. Uma imagem tão puramente humana que nos faz acreditar nos valores da vida. E uma imagem, que de tão divina, nos leva a crer nos valores da eternidade. (Ave Maria).
Pe. José dos Santos
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Uso Mágico das Flores

·         Aloés: em pó, queimado como incenso, atrai as influências de Júpiter.
·         Arruda: afasta os feitiços e age contra peçonhas. E forte contra o mau-olha-do.
                        Gengibre: usa-se um ramo para afastar o demónio que aparece em fornia de serpente.
·         Lírio: reconcilia os amantes. Um pedaço da sua raiz pendurada no pescoço tem o poder de reaproximar os namorados que tentaram romper relações.
·         Malva: se colocada sob o colchão da pessoa que se quer atrair, trará o seu amor.
·         Crisântemo: serve de talismã contra embruxamentos.
·         Camélia: o azeite destilado de suas folhas tem valor mágico e favorece, quando queimado, a comunicação com espíritos benfazejos.

  Almanaque do pensamento
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O Beijo de Deus
Os pensamentos gostam muito de confun­dir a gente. Eles ficam feito uns diabinhos loucos dançando na frente da gente, se di­vertindo: "EÍ, agora é a hora da raiva. Va­mos, mais raiva, mais raiva, ah, ah, ah...". E ficam assistindo às nossas reações de cama­rote. Armamos então a maior briga, acaba­mos sempre apanhando e aí os diabinhos falam: "Poxa, apanhou, hein? Você devia ir lá revidar. Você tá meio besta." Pronto! Co­meça tudo de novo. É uma história fantásti­ca, nós criamos esta história. Muitas pesso­as me perguntam como podem transformar a energia da raiva. A transformação da rai­va, ou de qualquer outra emoção, só ocorre quando você tem uma causa na vida maior que você mesmo/mesma, um propósito que lhe tome e pelo qual você seja apaixonada/ apaixonado. Tudo pode se transformar em nome disso, pois escutamos uma voz pode­rosa, algo maior que diz dentro da gente: "Es­tou aqui. Calma. Deixe, deixe, morra, mor­ra...". Apesar de saber que o ego pode retornar a qualquer momento com mais for­ça, com mais violência, Deus sabe mais ain­da da força de cada Ser, da capacidade inte­rior dos Seus filhos. Ele dá cada experiên­cia incrível para cada um, como parar a sua mão no ar quando sua vontade é dar uma bofetada em alguém. Faz você voltar para si na hora mais intensa da raiva. E isso dói. É a própria morte do ego. É incrível porque se você questionar essa energia que volta, ela dói demais, mas se você pega essa energia e coloca no seu serviço, na sua causa, ela se transforma e você começa a criar, criar, cri­ar. A desconexão da causa nos enlouquece, nos fere, nos mata, nos faz violentos. Só a causa nos faz calar, entende? Faz a minha alma viver e o meu-ego morrer. Mas se a gen­te não tem uma causa fica tudo muito egóico, e numa causa egóica o ego tem que viver. Então perde-se o sentido mítico da exis­tência, perde-se o sentido espiritual da vida, perde-se o invisível, a poesia. Neste exalo instante Deus está escolhendo pes­soas para que ultrapassem as emoções e cresçam. E quando Ele diz: "Vocês vão crescer'1, é porque Ele vê o tesouro que existe em cada um, e que normalmente não conseguimos ver. Cada experiência é um degrau para que cada um possa encontrar o seu próprio tesouro e ver o ouro brilhan­te dentro de si. Percebo que quanto mais rico o tesouro, mais degraus o ser precisa subir. É uma confiança absoluta que Deus tem em nós. O que me habita é uma célula do Cirande Ser. A consciência deste Gran­de Ser toca a minha própria consciência interior e me faz despertar. Observe. Às vezes é uma palavra que me faz desper­tar. É um gesto, é uma flor se abrindo, é o choro de alguém... Quer dizer, o Grande Ser me faz despertar, Ele mesmo em mim. Então Ele toca Ele mesmo. E a Bela Ador­mecida desperta. Estava dormindo há cem anos, e como uma magia, vem um prínci­pe chamado Deus e me dá um beijo... En­tão tudo em mim desperta! Começo a ter consciência de cada instante da minha vida, cada ato, cada palavra, cada gesto... E daquele instante em diante eu só quero este beijo, não mais outro beijo, porque quem experimentou a consciência nunca esquece o gosto... Esse é o beijo de Deus.
Devoção:   Alba Mari
Organização do Texto: Wayra Silveira
Revista xamã.
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     A Crença nos Anjos

  Centenas de milhões de pessoas em todo o mundo acreditam na existência dos anjos. Para alguns, a crença nos anjos reflete sua segurança de que as escritu­ras de suas religiões são a palavra reveladora de Deus. Os livros sagrados das três principais religiões monoteístas do Oriente e do Ocidente - o judaísmo, o cristia­nismo e o islamismo - contêm muitas referências aos anjos no céu e na terra. Destarte, para as pessoas com inclinações religiosas, a menção freqüente dos an­jos na Bíblia, no Corão e em outros escritos ortodoxos é prova suficiente da exis­tência dos anjos.
Para outros, a crença nos anjos ocorre como uma observação "científica" deduzida a partir da ordem natural dos animais e dos vegetais. Filósofos famosos explicaram a existência dos anjos usando o que se chama de a Teoria da Cadeia dos Seres. O argumento diz o seguinte: há uma cadeia ininterrupta na natureza, de complexidade biológica e de capacidade intelectual cada vez maiores. Na vida na­tural da terra, essa cadeia tem início na base com os organismos vegetais mais simples, e ela abre caminho para cima passando por todas as espécies vegetais e animais até chegar aos seres humanos. As diferenças entre os sucessivos "elos" - ou formas de vida - nessa cadeia são relativamente pequenas.
Pelo fato de a diferença entre a natureza dos humanos e de Deus parecer tão grande, por força deve haver seres inteligentes formando o elo, ou elos, na cadeia entre os humanos e Deus. Assim como os humanos, "embaixo" da cadeia, olham para as espécies animais e vegetais, eles deveriam também ser capazes de olhar "acima" os seres superiores a que chamamos anjos.
Explicando de modo simples, esse argumento afirma que os anjos existem porque, como conclui Santo Tomás de Aquino, eminente erudito e teólogo medie­val, "o universo seria incompleto sem eles".
Assim como os anjos preenchem uma aparente lacuna no universo físico, eles também podem ocupar um importante vácuo psicológico no universo interior dos homens. Na condição de inteligências benignas posicionadas biológica, inte­lectual e espiritualmente entre nós mesmos e Deus, os anjos são um intermediário palpável entre os homens e o poder misterioso que é considerado a fonte de toda a vida, de toda energia e de toda ordem na criação.
Para muitas outras pessoas, os dogmas da fé religiosa e os argumentos cien­tíficos ou filosóficos que testificam a existência dos anjos são desnecessários. Para elas, a realidade dos anjos é evidente por si mesma. Elas acreditam que vêem ou percebem diretamente a presença e a influência dos anjos em suas vidas - al­gumas pessoas ocasionalmente, algumas diariamente, outras constantemente. Em­bora muitas pessoas durante muitos séculos tenham escrito sobre sua experiência pessoal com os anjos, a grande maioria que se sente tocada por eles não escreveu sobre isso; contudo, a experiência com os anjos por parte dessas pessoas, que não deixaram relatos por escrito, não é menos importante do que a experiência dos que se inclinam a reparti-la com os demais.

( do livro de David Connolly, Os Anjos...)
Almanaque do pensamento
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